quarta-feira, 20 de março de 2013

Na minha escola…




Andava eu talvez na segunda ou já na terceira classe, foi antes de vir para Lisboa… foi em 1947…” assim recordava esses tempos a jovem aluna que ainda conseguiu ficar na fotografia (é a primeira do lado direito).

E depois, passados que são todos estes anos, lembra-se do nome da maior parte dos colegas. Tem ao seu lado a Maria Augusta, a Maria da Ascenção, a Maria Júlia (do Soito) e a Lucinda Lopes que há muito vive nos Estados Unidos da América. Reconhece também o Jaime Fernandes de Almeida, o Américo “Bispo”, o Filipe Santos (de Carrimá), o João Evangelista Freire, o Mário Domingos, de franja e sorridente (pudera… está arvorado em porta-estandarte) e o irmão, Manuel Domingos. Foi na escola do Colmeal.

Sessenta e seis anos se passaram entretanto. Muitos dos que aqui vemos ainda hoje podem recordar os tempos em que se sentavam nas carteiras, dois a dois, a tomar atenção ao que a senhora professora lhes ensinava. A Maria Alice Domingos Henriques recorda esta fotografia com saudade.

Foto cedida por Maria Alice D. Henriques

Uma bonequinha




Ilda Marques da Costa, uma autêntica bonequinha nos seus dois ou três anos, com os seus olhos bonitos e uma franjinha a compor a cara redondita. Atrás de si umas florzinhas brancas são o cenário de fundo de uma fotografia que certamente teve como destino mitigar a saudade de um pai que se encontrava longe, emigrado nos Estados Unidos da América. Ilda deixou o nosso convívio em Janeiro de 2011, com 84 anos.

Foto de Maria Paula Ramos
    

quarta-feira, 13 de março de 2013

Foto de museu…




Poderia muito bem ser uma daquelas fotografias que vemos nos museus e nas paredes dos enormes salões de palácios e castelos, fotografias de rainhas e princesas que nunca vimos, que não privaram connosco e que só conhecemos de nome, porque ouvimos falar, ou porque os guias no-lo disseram.

Mas esta fotografia não estava em nenhum desses sítios. Destacava-se no móvel da sala de sua casa, entre outras. Foi tirada em 1941 quando esta nossa “princesinha” tinha apenas três anos. Atente-se na candura do “olhar para o passarinho”, o seu ar sério e compenetrado, o toque dado pela fita branca no cabelo, a mão nas costas da cadeira, as flores, enfim uma pose própria de uma “princesa do reino do Colmeal”.

Já lá vão uns anitos e esta nossa princesa, Maria Alice Domingos, da “dinastia dos Domingos” continua a reinar, rodeada pelos seus Cavaleiros em Santo António. E bem-haja pela partilha desta foto… de museu.

Foto de Maria Alice D. Henriques

Nos anos cinquenta era assim




Talvez os mais novos fiquem incrédulos e esbugalhem os olhos para tentar perceber o que se passava aqui, com toda esta gente carregada e sorridente.

A cena passa-se em cima da antiga ponte quando a estrada que estava a ser construída desde o Rolão ainda ali não chegava. Era uma ponte toda ela em pedra, bonita na sua arquitectura, mas que por questões económicas e de segurança teve que dar lugar à actual.

A professora Maria Irene Abegão que leccionou na escola do Colmeal na segunda metade da década de cinquenta, tirou esta fotografia no final do ano escolar quando com sua irmã mais nova partiu para as suas férias junto da família que as esperavam em Coimbra.

Da esquerda para a direita e lamentamos não poder identificar todas as pessoas, reconhecemos Emília Gaspar (conhecida por Ti Emília da Eira), Carminda e Ermelinda Freire, Maria Margarida (de cócoras) a irmã mais nova de Irene Abegão, Hermínia de Jesus, Miquelina e Fátima Freire. Quando se ia ou vinha de férias, era como “andar com a casa às costas” e por isso a quantidade de malas, cestos e caixas, tinham como se pode ver, de ser transportadas à cabeça até ao cimo da serra onde se apanhava a camioneta da carreira.

Acreditem que é verdade. Durante muitos e muitos foi assim. A União Progressiva empenhou-se muito para que a estrada chegasse ao Colmeal e tirasse a aldeia do isolamento em que se encontrava. Demorou mas conseguiu.

Foto cedida por Maria Irene Abegão


sexta-feira, 1 de março de 2013

A Maria Paula formou-se em Românicas



Embora natural de Lisboa e oriunda de Póvoa de Pescanseco, de onde são os seus pais, Décio de Almeida e Deolinda Gaspar, a Paula é Colmealense de coração.

Nestes últimos anos tem sido incansável nas iniciativas comunitárias deste povo e este ano até pertenceu à Comissão de Festas.

A Paula concluiu este ano, com alta classificação, o curso de Românicas. Aqui fica a nossa felicitação e votos para que outros filhos da Serra se possam valorizar culturalmente.

in Boletim “O Colmeal” Nº 165 – Setembro de 1980
Arquivos da UPFC